quinta-feira, 10 de julho de 2014

ARARUNA - 138 Anos de Emancipação Política
























                                                                                                               ARARUNA completa hoje 138 anos de emancipação política, data esta que se junta ao somatório de páginas que formam a rica história deste município, que é sem sombra de dúvidas dos mais importantes do Agreste Paraibano, e de onde se pode ter orgulho de viver, morar e conhecer, para poder então refletir a cerca de seu passado e caminhar em passos firmes, para um bom futuro.  

Parte desta rica história é conhecida, através das pesquisas e dos resultados decorrentes de fatos marcantes em nossa história, já outras são esquecidas ou deixadas de lado, talvez por maldade, talvez pelo próprio desconhecimento de uma identidade apagada. Deve ser ressaltada que mesmo antes da emancipação do município, a nomenclatura "Araruna" já existia, pois a famosa Serra de Araruna como lugar geográfico despertava a atenção pela imponência de seu relevo, que representa o início do Planalto da Borborema em sua escarpa oriental.  
Serra de Araruna e PB-111 na rodovia que liga Araruna á Tacima, e a esquerda Serra da Confusão.
Partindo deste principio de territorialidade, deve-se começar falando dos nossos primeiros habitantes que foram os indígenas, se supões que fossem os índios Janduís e os Caracarás, que ocupavam trechos entre os rios Curimataú e Trairi, de onde durante suas passagens deixaram muitos vestígios, dentre eles destacam-se as inscrições rupestres encontradas na Pedra do Letreiro, no Parque Estadual da Pedra da Boca, neste município. A própria denominação do município “Araruna” advém do idioma indígena (tupi) “A’rara una”, significando “Arara Negra”, decorrente do fato de existirem naquela época, muitas dessas araras (Anadorhynchus hyacinthinus) (Lath.), que embora do significado do nome, distinguem-se pela plumagem azul escuro, que vistas à distância pareciam negras. Sabe-se que muitos territórios onde se encontram os atuais municípios de Araruna, Cacimba de Dentro, Tacima, Riachão, Damião, além de muitos lotes de terra na região do brejo paraibano pertenciam ao Barão de Araruna, Estevão José da Rocha, mesmo antes do advento da emancipação municipal.

Anadorhynchus hyacinthinus ou Arara Azul Grande, ave que deu origem a denominação do município Araruna representada também na bandeira e no brasão municipal.
A fundação do povoado de Araruna se deu por meados de 1845, onde destacamos a atual igrejinha de Santo Antônio (Antiga Matriz)  construída pela população local devido a uma necessidade social, pois desde 1830, um padre vinha de Bananeiras prestar serviços religiosos em torno da qual surgem as primeiras casas. A historiografia  ararunense atribui a construção da igrejinha ao senhor Feliciano Soares do Nascimento, habitante em Jacú de órfãos no Rio Grande do Norte, que teria construído uma capela para cumprir uma promessa a Nossa Senhora da Conceição pela cura de um irmão, o mesmo contou certamente com ajuda de possíveis vaqueiros e trabalhadores rurais em geral, que foram muito corajosos de migrarem de suas antigas habitações para se instalar nesta localidade ao redor da capela, e assim ajudarem a formar as raízes da população ararunense.

Igrejinha de Santo Antonio, onde em seu redor começaram os primeiros indícios de urbanização. 
Durante este período essa população que em Araruna se encontrava, era quase que totalmente desassistida de serviços essenciais como educação e saúde, decorrente do fato do próprio isolamento da serra de altitude elevada e longínqua de outros núcleos urbanos, como a própria distancia da então vila á sede do município de Bananeiras-PB,  atendendo a reivindicações e apelos de décadas, Flávio Clementino da Silva Freire, Vice-Presidente da Província da Parahyba do Norte, aos 4 de julho de 1854, cria com a lei nº 25 a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Serra de Araruna, passo importante para sua emancipação posterior que viria aos 10 de julho de 1876 sancionada pelo Presidente da Província da Parahyba do Norte o senhor Barão de Mamanguape através da  Lei nº 616. Neste mesmo ano são iniciados os trabalhos de construção da nova Igreja Matriz da cidade, que viria a ser encerrada no ano de 1907, com a construção da fachada e acabamentos internos. 

Santuário de Nossa Senhora da Conceição. Foto: Paróquia de Araruna, 2012.
Á partir daí o município de Araruna conseguiu se firmar e trilhar diversas conquistas em sua história, através de vários eventos que a tornaram cada vez mais forte e reconhecida na microrregião do Curimataú e redondezas potiguares, fortalecendo sua economia como um todo, pois se tinha um espaço mais adequado que suportasse a demanda do nosso comercio, onde Araruna se destacava como maior produtora de feijão do estado da Paraíba. Araruna possuía enfim um aspecto urbano que se desenhava e se consolidava cada vez mais, e se firmou principalmente em 1908 com a construção de seu primeiro Mercado Público (atual Centro Cultural) desativado em 1967, e com a construção de um Novo Mercado no mesmo ano. Durante o século XX é interessante se destacar desmembramentos de distritos provenientes de Araruna, dois em 1959: Cacimba de Dentro e Tacima; e Riachão  em 1994.

Velho Mercado Público, construído entre 1908 e 1909, atual Centro Cultural.
Praça João Pessoa no centro da cidade em 2011.
Mais recentemente pode-se considerar como novo evento desenvolvimentista e transformador da paisagem urbana de nosso município a construção e instalação do campus VIII da Universidade Estadual da Paraíba no ano de 2010, construído e instalado pelo Governador José Targino Maranhão, filho da terra, onde mais que uma construção de pedra e melhoria de renda e fortalecimento da economia da cidade, pode se considerar o maior presente que nosso município e região poderiam receber, onde muitas vezes o pequeno agricultor, uma dona de casa, uma artesã, ou pessoas inseridas em classes sociais menos privilegiadas no geral, não dispunham de condições necessárias para estudarem ou inserir seus filhos no mundo acadêmico, acabando sempre na maioria das vezes a margem dos benefícios que o conhecimento adquirido em grau superior possa acarretar, a mudança da mentalidade deste povo é com certeza o maior presente que a UEPB dará a Araruna.

UEPB Campus VIII Araruna, construído em 2001, inaugurado em 2010 pelo Governador José Maranhão.
Núcleo Urbano de Araruna, destacando seu crescimento e Parque Pedra da Boca ao fundo. Foto: Ivan Rocha, 2012.
Araruna é certamente um dos municípios mais conhecidos no estado da Paraíba, sendo cidade polarizadora na Microrregião do Curimataú Oriental Paraibano, apresentando uma população estimada em 20.009 habitantes segundo o IBGE/2014, sendo atualmente um dos municípios que mais cresceram nos últimos 5 anos no interior do estado, seja pela quantidade de construções ou investimentos públicos e privados. Além disto Araruna, é bastante conhecido por outros fatores, seja pela fama de seu clima frio e ameno, que se distingui do quadro geral desta região se tornando uma ilha de clima ameno em pleno semi-árido, pois está inserida numa altitude de cerca de 590 metros acima do nível do mar, distando a cerca de 165 km da capital João Pessoa, 110 km de Campina Grande e 120 km de Natal capital do Rio Grande do Norte, apresenta bucólicas paisagens naturais, tais como as belas serras da Araruna e da Confusão, e do Parque Estadual da Pedra da Boca inserido neste município, pelo seu clima ameno a maior parte do ano, por nossos tradicionais eventos como o consagrado São João na Serra, Festival de Inverno e Festa da Padroeira de Nossa Senhora da Conceição.

Araruna inserida no mapa rodoviário paraibano, tendo como principal rodovia a PB - 111. Fonte: Governo do Estado da Paraíba, 2012.
Pedra da Boca, ponto turístico mais famoso do município, inserido no parque estadual de mesmo nome.

Araruna se destaca também através de seus filhos ilustres, que sobressaíram em cenário estadual e alguns até nacional, como os poetas Antonio Joaquim Pereira da Siva (1876 - 1944) membro da Academia Brasileira de Letras e Peryllo D’Oliveira (1898 - 1930) membro da Academia Paraibana de Letras; José Targino Pereira da Costa (1893 - 1987) ex-secretário de Agricultura e ex-governador da Paraíba; José Targino Maranhão, ex-senador e governador da Paraíba por três mandatos; Almir Carneiro da Fonseca, desembargador; Manuel Paulino da Luz, desembargador; José Adalberto Targino, procurador e presidente da Academia Norte-riograndense de Letras; Rogério Fialho Moreira, desembargador; Humberto Fonseca de Lucena, bioquímico e pesquisador; Olenka Targino Maranhão deputada estadual; Benjamin Gomes Maranhão Neto, deputado federal; Vital da Costa Araújo, subsecretário de segurança pública e deputado estadual e a atual prefeita a Srª Wilma Targino Maranhão ex-presidente do CENDAC-PB e prefeita por quatro mandatos deste município.

Brasão de Araruna instituído em 2009 e a bandeira municipal instituta em 1977.

Porém, Araruna ao longo de seus 138 anos de história pode ter certeza do bom sentimento de seus habitantes, sobretudo a população mais carente, que sempre de forma brava e às vezes inconsciente, ajudando ao longo destes mais de 138 anos, de luta e  garra, e que mesmo oprimida diante de sistemas socialmente injustos e impostos sempre acreditaram em sua capacidade e sempre caminharam com passos de esperança, mesmo expostos as crueldades e ganâncias dos nossos coronéis de hoje e de outrora, tornando nosso município mais rico e mais bonito a cada dia, do qual foi descrito modestamente neste nosso trabalho, diante da tamanha riqueza de conteúdos do universo Araruna.  

Enfim minhas felicitações, a esta cidade que é a princesa do Curimataú paraibano, através de versos simples de um ararunense já finado, mais que nos fala com amor e orgulho de ser de Araruna.

"Você canta sua terra,
Também vou cantar a minha,
Que fica no topo da serra,
E tem porte de Rainha!”. (velho Borges)

PARABÉNS ARARUNA PELOS SEUS 138 ANOS DE HISTÓRIA DE LUTAS E VITÓRIAS!


Referências:

LUCENA, Humberto Fonsêca de. O Velho Mercado de Araruna e seus Arredores. João Pessoa, Empório dos livros. 1996.
SILVA, Wellington Rafael da. Desenvolvimento urbano e regional da/na Cidade de Araruna - PB.Guarabira - PB, UEPB, 2010.
SILVA, Wellington Rafael da. Análise das transformações do espaço urbano na cidade de Araruna - PB, da Fundação do povoado a 1967. Guarabira - PB, UEPB, 2012.

domingo, 30 de março de 2014

A Fazenda Maquiné - Patrimônio histórico e cultural de Araruna

Aspecto da Fazenda Maquiné, com o Casarão e Capela. Foto: Wellington Rafael da Silva, 2014.
Distante a poucos quilômetros (2), da sede da cidade de Araruna, encontramos um lugar bucólico, de paisagens naturais bonitas e uma riqueza cultural surpreendente, nos referimos a Fazenda Maquiné, um verdadeiro tesouro de riqueza histórica do município. A Fazenda Maquiné se encontra onde havia antes um engenho de mesmo nome "Engenho Maquiné", de propriedade do famoso Targino Pereira da Costa, patriarca da Família Targino, falecido em 30 de agosto de 1887, membro da primeira Câmara de Vereadores.

O Maquiné representa um belo conjunto histórico arquitetônico constituído pela casa-grande capela, armazém,senzala e casa dos moradores, sendo esta capela a edificação mais antiga da fazenda, herdada por Dona Jesuína Paula d'Assunpção, cabendo ao seu filho Francisco Targino da Costa, que se ordenara padre o gesto da construção da capela em 1897, que tem como santos padroeiros Nossa Senhora do Bom Socorro e São Francisco de Assis. Cabe-se ressaltar que este padre, popularmente conhecido por Padre Targino, foi vigário da Paróquia de Araruna entre 1906 e 1919. 

Casarão da fazenda Maquiné
Sobre este fato trazemos reprodução feita por Humberto Fonseca de Lucena, em seu livro "A Freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Serra de Araruna" em 2000, anotações feitas pelo próprio Padre Targino em punhos de eminente valor histórico:  

Aos onze de Março de 1897, às 10 horas da manhã, de licença do Exmo Sr. Bispo Diocesano, fiz a bênção da 1ª pedra da Capela de N. Senhora do Bom Socorro e de S. Francisco d'Assis, neste Engenho do Maquiné, perante as testemunhas as Exmas Senhoras Donas Jesuína Paula d'Assumpção, Maria Amavel Targino Baracuhy, Guilhermina Targino, Benecdita Targino, Rosa Targino, Ignacia Targino, Paulina Targino, Joana Elvira Targino, Anna Angelina Targino, Anna Lyluiosa; os protetores perpétuos = Padre Francisco Targino Pereira da Costa, Targino Pereira da Costa e Pedro Targino Pereira da Costa; os paraninfos - Coronel Francisco Duarte dos Santos, Targino Pereira Neto, Joaquim da Silva Barboza Junior, Manoel Belmont, João Theodosio, Henrique Pereira da Costa, Pedro Moreira d'Alcântara, Augusto Belmont, José Pereira da Costa, Anolino Pereira da Costa, Luiz Pereira da Costa, João Pereira de Sá Serrão, João Baptista d'Andrade, João Gomes do Nascimento Lyra, João Horácio Fernandes Bezerra, Ildelfonso José Fernandes, Pedro Assendino da Costa Teixeira, João Gomes d'Oliveira Francisco Garcia da Silva e Felizberto.

Do que faço este termo.
Maquiné, 11 de março de 1897
Pe. Francisco Targino Pereira da Costa

Padre Francisco Targino Pereira da Costa, vigário da Paróquia de Araruna entre 1906 e 1919.
Fotografia do século XIX. Fonte: Humberto Fonseca de Lucena.
Capela da Fazenda Maquiné, dedicada a N. Senhora do Bom Socorro e a São Francisco de Assis.
Foto: Wellington Rafael da Silva, 2014.
Frontão triangular da capela dedicada a Nossa Senhora do Bom Socorro e São Francisco de Assis.
Foto: Wellington Rafael, 2014.
Interior da capela com destaque para o altar, 2014. Foto: Acervo pessoal de Wellington Rafael
Ainda que em mal estado de conservação, a capela da fazenda ainda é a mais bela das capelinhas do município, seja por seu charme, pelas suas características ecléticas, refletindo no seu estilo barroco rural tardio, como nos seus arcos ogivais de neogótico, além de um frontão triangular. O casarão da fazenda encontra-se com a fachada em estado razoável de conservação, seguindo imponente como vigoroso testemunho dos séculos, aos que visitam o local, o mesmo não pode-se dizer de seu interior, onde algumas paredes apresentam sérias rachaduras, estando o seu sótão caído parcialmente há alguns anos, encontramos o interior do casarão em estado deplorável, digno de dó, sofrendo muitas vezes invasões de pessoas má intencionadas que realizam vez ou outra algum ato de vandalismo no local, diante de tantos imbróglios a resistência do casarão é surpreendente.

Infelizmente a antiga Fazenda Maquiné carece de um plano de políticas públicas, voltadas à preservação do patrimônio histórico, visando tombamento e restauração das edificações, que serviriam de ação para a implantação e efetivação de mais uma ramificação e atração turística para o município, onde o turismo histórico, rural, religioso e cultural se enquadrariam perfeitamente em seus espaços, trazendo nova utilidade para o esquecido Maquiné, ao invés disso, temos como visitantes apenas os marimbondos e morcegos que infestam o local.

Visão frontal do alto da fachada do casarão da Fazenda Maquiné. Foto: Wellington Rafael da Silva, 2014.
Fachada frontal do casarão trazendo a sua data de sua fundação "1897". Foto: Wellington Rafael, 2014.
Lateral direita do casarão da fazenda. Foto: Wellington Rafael, 2014.
Lateral esquerda do casarão da fazenda. Foto: Wellington Rafael, 2014.

O antigo Maquiné era o local das reuniões dos famosos "barões de Araruna", que eram a classe mais abastada da cidade, a chamada "nata" da sociedade ararunense á época. Contam os mais antigos que na fazenda existia escravidão, embora não se possa mais encontrar no interior da casa-grande instrumentos de tortura removidos pelos herdeiros descendentes que se desfizeram deles no decorrer do tempo.

Por conta do abandono e por não haver a várias décadas pessoas habitando no casarão, criaram-se diversas histórias de assombrações que circundam o local, onde se falam que existiria por perto nos arredores da fazenda um antigo cemitério, e que as almas dos mortos assombram a fazenda.  Ronaldo Targino Moreira, familiar dos proprietários, nos conta sobre uma história de que todos os primogênitos nascidos no casarão tendiam a morrerem na infância, e que este fato se repetiu por diversas vezes, seja por coincidência ou maldição e isto causou o afastamento dos moradores do lugar.

Porta de entrada do casarão a sua direita, destacando outros cômodos.
Foto: Wellington Rafael. 2014.
Interior do casarão. Foto: Wellington Rafael, 2014.
Janelas frontais em estado avançado de deterioramento, vista no interior do casarão.
Foto: Wellington Rafael da Silva, 2014.
Aspecto deteriorado da parte superior do casarão, onde desabou parcialmente o sótão.
Foto: Wellington Rafael, 2014.
Escadaria que dá acesso ao sótão. Foto: Wellington Rafael da Silva, 2014.
Aspeto interno do interior do casarão. Foto: Wellington Rafael da Silva, 2014.
Antigo local utilizado para descaroçamento de algodão. Foto: Wellington Rafael, 2014.

Antigo banheiro em cima de um lajeiro, 2013. Foto: Wellington Rafael da Silva, 2014.
Atualmente a fazenda está em nome de propriedade pertencente ao Sr. Durval Falcão, esposo da Srª Maud Targino Falcão, bisneta do patriarca do clã  Targino Pereira da Costa, e irmã da Srª Maura Targino Moreira, ex-prefeita do município, e que por pertencer a propriedade particular encontravam resistência quanto a tombamento e reforma das edificações, e nem apresentam interesse próprio em sua preservação a deixando relegada ao relento. Embora, recentemente a família demonstrou interesse em realizar um comodato visando restauração da capela da fazenda, juntamente com a Paróquia de Araruna, através do Pe. João Firmo, já para as festividades dos 160 anos da paróquia este ano.

Fazenda Maquiné e toda sua beleza destacada em fotografia de Arthur Ribeiro em 2009.
Torçamos que este empreendimento de restauro da capela dê certo, e que possivelmente sirva de estimulo para o tombamento e restauro total também do casarão, pois a situação em que ele se encontra com paredes rachadas, sótão em pleno estágio de desabamento total, possa talvez não aguentar as possíveis fortes chuvas dos próximos anos, que sejam tomadas medidas que salvem este patrimônio de grande importância no município. 

Wellington Rafael

Referência: 
LUCENA, H.F. A Freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Serra de Araruna, 2000. João Pessoa - PB. A União, 189 páginas.





domingo, 19 de janeiro de 2014

Corpo de Bombeiros presta serviços de segurança no Parque Pedra da Boca

Equipe do corpo de bombeiros prestando serviço de segurança e apoio no Parque Pedra da Boca. Foto: Íkaro Morais.
    Neste último domingo, dia 19 de janeiro de 2014, no município de Araruna (PB), foi-se observado a presença do destacamento do Corpo de Bombeiros com sede em Guarabira (PB), onde estavam prestando serviços de segurança e apoio aos praticantes de esportes radicais e de aventura no Parque Estadual da Pedra da Boca. 
      Importante se destacar essa atuação, pois há muito tempo o parque já merecia este tipo de atendimento e prestação de serviço, tendo em vista a quantidade de demanda  de turistas e amantes praticantes dos esportes, que visitam o parque, seja praticando trilhas, caminhadas ou esportes mais ousados como o caso do rapel, segundo o senhor Francisco Cardoso, popular Seu Tico, morador e conhecedor do lugar, se recebem em média, cerca de 3 mil pessoas por mês, sendo portanto uma demanda muito grande, uma clientela que encontrava-se a décadas desassistida de uma maior segurança.

Pedra da Boca - PB. Foto: Íkaro Morais.
     Entendendo a necessidade de atender  esta demanda elevada de turistas, o Deputado Estadual Vital Costa (PP) buscou contemplar o parque com um destacamento do corpo de bombeiros que pudesse estar em constante atuação no local, estes serviços já estão sendo executados pelo Corpo de Bombeiros de Guarabira (PB), aos sábados e domingos, dias de pico em visitações e onde se recebem mais turistas. 
      Segundo Vital Costa, sua meta é trazer um destacamento ou pelotão definitivo do corpo de bombeiros, um grande passo para essa realização foi tomado no dia 20 de dezembro de 2013 , onde o deputado recepcionou em Araruna a Capitã Luize Virginia Ribeiro Pereira, do comando de Guarabira, onde na oportunidade se foi visitado o Parque Estadual Pedra da Boca, e depois um prédio no centro da cidade que pode possivelmente ser a sede de um pelotão na cidade. Para isto, o deputado enviou o requerimento Nº 5.702/2013 em apelo ao governador do estado, e ao comandante do corpo de bombeiros militar Coronel Jair Carneiro de Barros, solicitando a instalação de um pelotão/companhia do Corpo de Bombeiros no Município de Araruna - PB.

Cabo Messias observando turista que praticavam rapel na Pedra da Caveira.
Foto: Íkaro Morais
Cabo Messias observando a movimentação no parque.
Foto: Íkaro Morais.
          Em conversa com o Sgto. Wanderley, Sgto. Gabriel e o Cabo Messias,  do Corpo de Bombeiros de Guarabira, que estavam prestando apoio no parque, classificaram sua presença como fundamental, sobretudo por ser dever do estado zelar do bem estar e da segurança  de sua população, e incumbência do corpo de bombeiros, como principal missão a execução de atividades da defesa civil, tendo em vista os esportes praticados no local serem propícios a muitos riscos e que se é fundamental ter a presença de um apoio profissional no atendimento a qualquer emergência.
        Foi-se abordado um praticante de esportes radicais no Parque Pedra da Boca, e perguntado ao mesmo sobre a importância do corpo de bombeiros no local, George Pinheiro, morador de Araruna,  disse ser louvável este serviço de apoio no parque pelo corpo de bombeiros, no que classificou como uma "segurança maior", tendo em vista haver grandes instrutores de esportes de aventura no local, mas que um apoio mais especializado e profissional trás uma maior confiança aos amantes dos esportes, disse também, estar surpreso positivamente com este serviço prestado, pois há muito tempo frequenta semanalmente o local, e nunca se teve este tipo de apoio, que agora foi conquistado.

George Pinheiro (capacete vermelho) e amigos em visita ao Parque Pedra da Boca.
Fonte: Acervo pessoal de George Pinheiro.
     Outro projeto do deputado Vital Costa,  visa a implementação de um "Centro de Apoio ao Turista", onde o mesmo ressaltou que irá lutar em favor deste empreendimento, assim como lutou pela vinda do corpo de bombeiros no Parque Pedra da Boca, que já é realidade, e a instalação definitiva do corpo de Bombeiros em Araruna.
    Com essas ações, ganha a população ararunense, os turistas e todos os amantes da natureza e dos esportes e turismo em geral. Que mais ações sejam tomadas em beneficio de melhorias estruturais e turísticas em Araruna, garantindo uma melhoria econômica no município como um todo.

Deputado Vital  Costa  com a capitã Luize Virginia vistoriando prédio para possível instalação de pelotão em Araruna. Foto: Íkaro Morais
Viatura do Corpo de Bombeiros na Avenida Luis Targino da Fonseca, Araruna (PB). Foto: Íkaro Morais

 Por: Wellington Rafael

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Conheçam a Pedra da Boca do estado de Minas Gerais




Da mesma forma como conferimos a existência de um outro município brasileiro denominado Araruna, (Confira através do link: http://wellingtonrafael.blogspot.com.br/2011/04/araruna-no-parana-nossa-cidade-irma.html) também é possível se fazer algo semelhante com o maior ícone geográfico de nosso município, nos referindo obviamente a Pedra da Boca, onde nos remetemos ao município de Teófilo Otoni, estado de Minas Gerais, onde um afloramento rochoso com a mesma denominação da rocha paraibana é encontrada.

A Geografia brasileira e suas nuances são como uma enorme colcha de retalhos que de norte a sul nos surpreende, belezas semelhantes e diferenciadas são encontradas na Pedra da Boca mineira, a qual imediatamente recordamos ou comparamos a beleza e grandiosidade da Pedra da Boca paraibana.

A Pedra da Boca mineira, está situada no município de Teófilo Otoni, Mesorregião do Vale do Mucuri e distando  cerca de 450 km de Belo Horizonte capital do estado, no limite com Carlos Chagas e Ataléia/MG, praticamente as margens da BR- 418, na propriedade rural do senhor José Rogério Dantas. Esta BR é conhecida como "Estrada do Boi", pela grande quantidade de rebanho bovino encontrado em seus arredores.

Vale ressaltar que a "Estrada do Boi" é a principal ligação entre a região nordeste do estado de Minas Gerais e o litoral sul do estado da Bahia. 

Morador da região com a Pedra da Boca ao fundo. Fonte: ademircarosia.blogspot.com

Casa de morador nas proximidades da Pedra da Boca. Fonte: ademircarosia.blogspot.com
A rocha apresenta cerca de 970 metros de altitude, e possui esta denominação devido  ao resultado de um desmoronamento que causou uma fenda horizontal que se assemelha a uma enorme boca. Além da denominação "Pedra da Boca", também é bastante conhecida como "Pedra da Baleia", por considerarem seu formato parecido, e devido a suas grandes dimensões espaciais ao enorme mamífero áquatico.

A beleza da Pedra da Boca e das demais rochas em seu redor atraem as atenções de todos que circundam a região, sobretudo a rodovia cuja qual, ela está as suas margens. O local acaba recebendo cada vez mais interessados em praticar esportes de aventura, além dos turistas de todo sudeste que indo em direção ás praias capixabas e baianas acabam por se deslumbrar com a grandiosidade desta rocha.


Localização geográfica da BR-418 entre os municípios de Teófilo Otoni e Carlos Chagas/MG,
onde está localizada a Pedra da Boca. Fonte: http://www.skyscrapercity.com
Pedra da Boca, as margens da BR-418 a famosa "Estrada do Boi". Foto: pt.wikipedia.org 
Pedra da Boca . Fonte: http://www.dzai.com.br
Gigante de 970 metros a Pedra da Boca se destaca na paisagem mineira. Fonte: http://www.panoramio.com
Escalada na fissura que formou a "boca". Fonte: http://www.dzai.com.br

Escalada na Pedra da Boca/MG. Fonte: http://www.dzai.com.br
Pedra da Boca e BR-418. Foto: www.flickr.com
Escalada na fissura "boca" da rocha. Fonte: http://www.dzai.com.br
Crateras encontradas em rocha vizinha a Pedra da Boca.  Fonte: ademircarosia.blogspot.com
Crateras em rocha vizinha a Pedra da Boca (Imagem ampliada).  Fonte: ademircarosia.blogspot.com
Região incrustada de afloramentos rochosos, Teófilo Otoni/MG. Foto: Renato Teixeira
Pedra "da Boca" ou "da Baleia". Foto: Renato Teixeira.
Afloramento rochoso formado por rocha magmática, Pedra da Boca. Foto: Renato Teixeira
Pedra da Boca, município de Teófilo Otoni/MG. Foto: Renato Teixeira
Assim como a rocha paraibana, a Pedra da Boca mineira localizada em região de Mata Atlântica apresenta um enorme potencial turístico a ser explorado e melhor conhecido pelo brasileiro, onde o esporte, lazer, preservação ambiental devam ser os carros guias de possíveis empreendimentos em favor do turismo e da conversação ambiental.


Por: Wellington Rafael